Tal pai, tal filho – J.S. Bach e W.F. Bach

O programa homenageia Wilhelm Friedemann Bach – o filho mais velho do grande Johann Sebastian – pelos 300 anos de seu nascimento. WIlhelm Friedemann foi iniciado à música pelo pai, como prova o Caderno de obras onde o velho Bach anotou, pela primeira vez, o Prelúdio mais famoso de toda a sua obra para teclado, que depois inspirou a Ave Maria de Gounod.

J.S. Bach (1685 – 1850) escreveu a maior parte de suas obras para o cravo e o órgão. Porém conheceu o pianoforte – o antecessor do piano moderno – na época em que escreveu a Oferenda Musical, em 1747, apenas tres anos antes de morrer. A obra tem sua origem num encontro entre Bach e Frederico II, na residência do rei em Potsdam, em cuja corte trabalhavva o outro filho de Bach, Carl Philipp Emanuel. Frederico queria mostrar a Bach uma novidade. O pianoforte havia sido inventado em 1726 pelo italiano Bartolomeo Cristofori e o rei possuia esse instrumento experimetal, o primeiro que Bach conheceu. Bach, que era bem conhecido por seu talento na arte da improvisação, recebeu um tema, o Thema Regium (”tema do rei”), para improvisar uma fuga, a partir do qual escreveu dois ricercares, 10 cânones e uma sonata.

Robert Hill
Robert Hill

Robert Hill apresenta o Ricercar a 3 que, provavelmente, foi tocado pela primeira vez no pianoforte de Frederico II.

Discípulo de Gustav Leonhardt, Robert Hill obteve o diploma de solista no Conservatório de Amsterdam em 1974, seguindo-se o Doutorado em Harvard com tese sobre a música de Bach para teclado. J. S. Bach e W. F. Bach estão entre os principais compositores gravados por Robert Hill, que dedicou a eles mais de 10 CDs, para os selos Hänssler Classics, Naxos, MDG, DG-Archiv, Olympia e Music&Arts.

Vencedor dos Prêmios Erwin Bodky (1982), NEA SoloRecitalist (1983), e Noah Greenberg (1988), suas gravações mais recentes foram distinguidas com os prêmios Deutschen Schallplattenkritik (2001), Cannes Classical Award (1999) e Diapason d’Or (2008).


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